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Region: Novo Brasil
ENCYCLOPÆDIA SESHITA
A Representação de Nefer
“O universo era um e esse um era o universo: Nefer, a beleza, a energia, o primordial.
Nefer era energia e energia era tudo, mas Nefer também era consciência, algo existencial.
Sua energia se multiplicava e logo se reunia; também se formava e se destruía; até que em um momento algo novo apareceu:
Outra consciência surgiu e Nefer resplandeceu.
O encanto com outra existência no universo reproduziu
Um mundo iluminado de energia emergiu.
Outras formas de energia a luz atraiu
E a diversidade naquele mundo logo se expandiu.
A destruição, todavia, ainda permanecia
E o risco de destruir a criação, Nefer temia
Então, para preservar, um equilíbrio Nefer estabeleceu
Entre o Poder e a Sabedoria uma balança pendeu.”
Já no Culto de Mekh, Mkeh seria essa consciência, cuja ajuda teria sido essencial na elaboração da Maat. A interpretação da balança, no entanto, é comum a ambos: o Poder seria a liberdade, a espiritualidade pura, a criatividade, enquanto a Sabedoria seria a ordem, o conhecimento, a razão.
Um útero em Bast, Nefer produziu e sozinha no mundo ela nunca mais se sentiu.
As sementes de Nefer Bast geriu e todo o povo Djet dela surgiu.”
A Representação Humana de Bast
No Culto de Bast, identifica-se uma mudança após o contato com a religião Negreuber em 1500 a.O.. A descrição anterior traz o surgimento de diversos povos dessas forças primordiais, entre eles os Djet. Após a chegada dos primeiros Negreuber vindos de Noronha, Bast que já possuía destaque como feiticeira passa também a ganhar status de “mãe dos Djet”. Assim, Bast que era vista em equivalência a outros nomes da mitologia Djet, como Nebthet, passa a ganhar status de Deusa maior. Atribuí-se fortemente essa mudança a influência do mito de Maysanire.
Do ponto de vista do Culto de Mekh, Set teria aprendido a manipular a energia do universo - também a primeira magia - e criado os primeiro Djet, os quais mais tarde dariam origem a todos os povos do mundo.
A Representação Antropozoomorfa de Mekh
“Em um mundo de luz, o povo prosperou.
Sem conflitos e doenças, a fome nunca começou.
Os povos eram imortais e viviam em paz.
E em um universo de vida, a morte se mostrava incapaz.”
Sutekh manipulou a energia da criação
E por uma brecha na Maat iniciou a espoliação”
“Em pedaços o irmão Sutekh cortou,
Sem um pai criador o mundo ele deixou
E a existência do próprio irmão a morte ele causou.
Sob a ganância de Sutekh, a luz do mundo se apagou
E na aterrorizante escuridão todos ele jogou ”
“Não contente com a destruição, a Maat ele mirou
E em seu ódio infinito o terror multiplicou.
Em reposta e em vingança, Nebthet reagiu,
Mas a resistência criada por ela em Sutekh sucumbiu.”
Em homenagem às habilidades guerreiras de Nebthet, foi criada a tradição da Dança das Armas. Apesar de inicialmente comum à etnia Djet, a prática se difundiu no país e ainda é bastante popular. Especialmente mulheres, desde jovens, aprendem a manusear armas brancas e batalham entre si em um misto de coreografia e habilidades de luta reais utilizando máscaras de metal. Assim, as mulheres ficam mais próximas de Nebthet na capacidade de proteger ou mesmo vingar suas famílias.
Apesar do treinamento, porém, a presença de mulheres no exército ainda é bastante inferior ao de homens e a dança não necessariamente visa causar danos físicos. Com exceção da cidade de Apedemek em períodos anteriores a 1600 a.O, quando, em brincadeiras de batalha, uma menina Djet de até 07 anos derrotava um menino igualmente Djet de mesma idade, ela também era enviada para o campo de treinamento longe de seus pais e também passaria na prova de batalha de vida ou morte. Nesse caso, a Dança das Armas ainda era ensinada, mas em um contexto e treinamento bem diferentes.
E maior que sua magia era sua sabedoria.
Através da luz ela lutaria,
a luz do mundo ela restauraria”.
O sincretismo Kalé integrou a tradição do Ritual da Luz em sua tradição da fogueira em períodos de colheita. Em festejos em áreas abertas ou rurais, famílias ainda se reúnem em propriedades de famílias ou praças e ateiam fogo a grandes pilhas de madeira à noite, enquanto dançam, cantam, bebem e comem ao redor. A Dança das Armas também foi adaptada com o uso de fogo em grandes apresentações, a chamada Dança do Fogo. A prática se difundiu pelo país e na maioria das regiões do país, é uma tradição bem comum. O estilo de festa ao redor da fogueira também é muito utilizado em grandes festivais de música do país. Já a Dança do Fogo ganhou espaço em tradições circenses.
E seu grito de ódio às muralhas estremeceu.
Mas posicionados nas Muralhas o exército permaneceu
E sob a égide de Nebthet sua fúria não arrefeceu.”
E por todo o universo sua voz ecoou.
A existência de Sutekh pela luz padeceu,
Mas sua escuridão nunca desapareceu.
Porém o dia surgiria e o Sol brilharia
E a sob a luz do luar o mal se esconderia.”
A vitória de Bast, no entanto, destruiu sua existência, enquanto o terror dos povos pelos seus filhos, os Djet, apenas cresceu. Os povos perderam a imortalidade, o mundo perdeu muito de seu brilho e de sua magia e os problemas criados por Sutekh - guerras, doenças, medo e morte - persistiram. Segundo papiros, os Djet teriam sido expulsos de Helia e vagaram em círculos em locais próximos da cidade até Nebthet clamar e obter uma resposta. Bast ainda existia do outro lado da Maat, aparecia aos mortais na forma de felinos e aconselhou Nebthet como guiar seu povo até outro lugar tão fértil quanto às margens do Hapi. Além disso, ensinou o povo a controlar o fogo para se proteger dos terrores da noite no longo caminho até o local prometido e para registrar seus ensinamentos. Acredita-se que é a partir de ferramentas elaboradas no fogo de Bast que foram criados as versões originais do Livros dos Mortos e do Livro dos Vivos.
Os primeiros registros de Bast ou mesmo Mekh adquirindo formas animais - ou um misto de forma humana e animal - vêm do período posterior a chegada dos Alamitas em 300 a.O..
Já ao contrário dos longos relatos e poemas do Culto de Bast, o Culto de Mekh apenas retrata o arrependimento de Mekh por ter ajudado na criação da Maat. Fala sobre a tirania de Nefer e como isso havia tirado o brilho do mundo. Segundo o Culto, Mekh acabou lutado contra Nefer, destruído-o. Ao apagar a luz da mentira de Nefer, o mundo teria ficado aterrorizado com sombra que representaria a verdade e Mekh, em sua benevolência, criou um momento de luz (o dia) para apaziguar o terror da realidade. Mantendo, porém, um momento de escuridão (a noite) para lembrar ao mundo como ele de fato é. Além de sempre retornar em forma de serpente para ajudar a humanidade.
A origem dos clãs Djet também é retratada em papiros sagrados do Culto de Bast. Apedemek, Bubastis, Menhit, Menthu e Seshat seriam os filhos de Nebthet e Osíris, aos quais teria sido designada a tarefa de dar continuidade ao trabalho de guiar os Djet. O valente Apedemek e a feroz Menhit teriam dado continuidade a tradição guerreira, a sábia Seshat prosseguido na busca espiritual e mental pelo conhecimento, enquanto os trabalhadores Bubastis e Monthu manteriam a sociedade trabalhando através de seus braços fortes. Assim, deles teriam surgido os cinco clãs, cujos descendentes continuariam com as funções de seus fundadores.
Apedemek e Menhit foram aqueles que abraçaram mais firmemente a sua função tradicional. Apedemek manteve uma rígida divisão social em cima desse costume até por volta de 1500 d.O. Os filhos homens dos descentes de Apedemek, por exemplo, deveriam entregar seus filhos aos 07 anos para o treinamento militar do clã. As crianças eram obrigadas de treinar e manter uma postura de firmeza, além de serem obrigados a punir aqueles que não seguissem as regras e posturas exigidas. Aos 12 anos, eram soltos sem roupa ou qualquer objeto e eram obrigados sobreviver nos territórios periféricos da cidade durante uma semana, sob o risco de serem chicoteados caso recebessem ajuda. Há relatos de que muito jovens eram obrigados a lutar até a morte com membros de outras etnias não Djet que viviam nas periferias de Apedemek ou mesmo lutar contra criminosos condenados. Caso morressem, o matador recebia um prêmio em dinheiro. Apenas aos 17 anos, eles retornavam às famílias e sociedades. Os adultos eram obrigados, no entanto, a retornar anualmente para um treinamento de 30 dias, o que exigia manter a forma sempre para não morrer no retorno aos campos militares.
Os Eixos da Maat e o Caminho de Set
A Caminho da Exortação era comumente abraçado pelo descendentes de Djet, enquanto o Caminho da Exaltação ganhou mais força após a chegada de outros grupos étnicos (especialmente os Kalé), o qual permitia um maior sincretismo.
Nota Oficial Sobre a Alternância de Poder em Noronha
Tendo em vista que nesta última semana, Fareed I atendeu às exortações do destino, fundamentadas em graves riscos à harmonia e ao equilíbrio da sociedade local, Ashtar Sheran declara seu pleno apoio ao governo legítimo e estabelecido de Carama Bruk, líder religioso espiritualmente eleito, ao qual neste momento incumbe a autoridade executiva da Nação Noronhesa, de acordo com o costume legítimo e imaterial daquele país. Ashtar Sheran confirma seu compromisso de continuar trabalhando para a restauração da harmonia e do equilíbrio de direito no mundo, e seguirá coordenando-se com todos os atores comprometidos com a elevação do povo de Noronha ou do universo.
Alissonovia and Noronha